Lula pode ser preso?
Pode, pois está sob
análise de Moro o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério
Público de São Paulo, que denunciou o petista por lavagem de dinheiro e
falsidade ideológica por supostamente ter ocultado a propriedade de um
tríplex no Guarujá, no litoral paulista.
Por decisão da Justiça de
São Paulo, o caso foi remetido para Moro e, posteriormente, por decisão
de Teori, foi remetido para o Supremo, que agora decidiu devolveu o
caso para o juiz da Lava Jato para que ele decida se vai aceitar a
denúncia do MP paulista e, eventualmente, se vai mandar prender o
ex-presidente.Além disso, a própria força-tarefa da Lava Jato, caso
considere já possuir elementos suficientes, pode pedir a prisão do
petista.
Lula é alvo de quantos inquéritos na Lava Jato?
Na
decisão de Teori, foram remetidos três inquéritos para Moro, mas além
disso ele continua respondendo a dois inquéritos no Supremo, que
envolvem autoridades com prerrogativa de foro.
O que os inquéritos apuram?
Dos
três inquéritos devolvidos para Moro, um apura as suspeitas de
corrupção, ocultação de patrimônio e formação de quadrilha envolvendo o
sítio em Atibaia utilizado pela família de Lula e que recebeu obras de
empreiteiras sob investigação. Outro inquérito apura as suspeitas de
corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo os pagamentos de empreiteiras
para a empresa de palestras de Lula, a LILS Palestras e Eventos. O
outro inquérito apura o tríplex no Guarujá atribuído ao petista.
Há
ainda duas investigações no Supremo envolvendo Lula. Uma contra ele,
Dilma Rousseff e José Eduardo Cardozo por suspeita de tentar obstruir as
investigações da Lava Jato e outra que é o principal inquérito da Lava
Jato na Corte, que envolve mais de 50 políticos e pessoas sem foro
privilegiado, como o ex-presidente, acusadas de participar da quadrilha
que teria loteado políticamente a Petrobrás em um esquema de corrupção
que abasteceu partidos e políticos.
Além destes inquéritos, Lula
também é alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República que
acusa ele de atuar junto com o ex-senador Delcídio Amaral e o banqueiro
André Esteves para tentar obstruir a Lava Jato por meio de pagamentos à
família do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró para que ele não
fizesse delação premiada. Janot argumentou na denúncia que, como
Delcídio não detém foro privilegiado mais, depois que perdeu o mandato, o
caso deveria ir para a primeira instância. Com isso, caberá ao juiz
Sérgio Moro decidir sobre a ação penal.
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