O
Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu hoje (3) mais 15 dias para o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentar
defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF). Há duas semanas, Cunha foi
denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.
Desde
a semana passada, quando o deputado foi notificado sobre a apresentação
da denúncia, os advogados têm 15 dias para enviar a manifestação, prazo
que terminaria no dia 9 de setembro. Com a nova decisão, Cunha pode se
manifestar até 24 de setembro.
De acordo com o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões para
viabilizar, em 2006 e 2007, a contratação de dois navios-sonda pela
Petrobras, junto ao Estaleiro Samsung Heavy Industries.
O negócio
foi formalizado sem licitação e ocorreu com intermediação do empresário
Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que está preso há nove
meses em Curitiba, e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras
Nestor Cerveró. Todos são investigados pela Operação Lava Jato.
O
caso foi descoberto após depoimento de Júlio Camargo, que fez acordo de
delação premiada. Conforme a denúncia, Camargo também participou do
negócio e recebeu US$ 40,3 milhões da Samsung Heavy para concretizar a
contratação.
A denúncia foi rebatida com “veemência” por Eduardo
Cunha, que chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot. Na
época, o deputado se disse inocente e aliviado, “já que o assunto
passava para o Poder Judiciário”.
Depois de receber a manifestação
da defesa do deputado, o ministro Teori Zavascki vai elaborar seu voto e
levá-lo a julgamento no plenário do STF. Se a maioria dos ministros
entender que existem provas para abertura da ação penal, Cunha passará à
condição de réu. Com informações da Agência Brasil.
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