Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), preso na Operação Lava Jato, foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta sexta-feira, 4. Além do ex-ministro, também foram denunciados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari e outros 15 investigados na Operação Pixuleco, desdobramento da Lava Jato. Todos são acusados de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.Relatórios de investigação da Polícia Federal indicam que o esquema de corrupção atribuído ao ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Lula) movimentou mais de R$ 59 milhões propinas. A PF estima que o valor pode ultrapassar os R$ 84 milhões.Dirceu está preso preventivamente desde 3 de agosto, quando foi deflagrada a Pixuleco.
Na quarta-feira, 2, ele foi transferido para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.De 3 de agosto a 2 de setembro, Dirceu ficou preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. O pedido de transferência foi feito pela defesa do ex-ministro na segunda-feira, 31.O criminalista Roberto Podval, defensor de Dirceu, argumentou que embora a PF estivesse tratando seu cliente 'com correção' a cela na Custódia da PF é muito acanhada. Segundo o juiz Sérgio Moro, que autorizou a transferência, no Complexo de Pinhais o ex-ministro ficará 'em ala reservada, com boas condições de segurança e acomodação'.As defesas de Dirceu e de Vaccari têm reiteradamente negado que o ex-ministro e o ex-tesoureiro do PT tenham recebido propina do esquema Petrobrás.