BRASÍLIA - Os protestos dessa manhã de domingo, 4, na capital federal tinham um alvo claro: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se tornou réu na última semana e vai responder à ação penal por peculato. Manifestantes protestaram contra a classe política, focando nos deputados e senadores, mas preservaram o presidente Michel Temer.
A manifestação começou por volta das 10h e se encerrou ao meio-dia, com o início da chuva. A Polícia Militar do Distrito Federal estima que, no auge do protesto, estiveram presentes 5 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. A manifestação foi tranquila e não houve registros de ocorrências.
A maior parte dos cartazes e palavras de ordem foram direcionadas a Renan Calheiros. Os manifestantes pedem a saída imediata do presidente do Congresso, rechaçam a votação do projeto que muda a Lei de Abuso de Autoridade, agendada para a próxima terça-feira, 6, e pedem agilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) nas ações contra o peemedebista. Renan é investigado em nove inquéritos ligados à Lava Jato, fora a ação penal por peculato acolhida na última semana.
Em contrapartida, não houve registros de manifestações direcionadas a Michel Temer. Durante a cobertura, repórteres do Estado não identificaram manifestações contrárias ao peemedebista, tampouco palavras de ordem ou gritos de guerra foram chamados do carro de som contra o presidente.
Como mostrou o Estado na edição deste domingo, o Palácio do Planalto teme que a nova onda de protestos pelo País se volte contra o presidente, assim como aconteceu com a presidente Dilma Rousseff. No Congresso, um pedido de impeachment de Temer foi protocolado pelo Psol e outro, elaborado pelo PT, está em fase de elaboração.
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