Os novos limites mínimos do projeto apresentado ao Congresso prevê que as regras valerão para homens com até 50 anos de idade e mulheres com até 45 anos
A reforma da Previdência proposta pelo governo prevê
fixação de idade mínima de 65 anos, redução do tempo de contribuição
mínimo para 25 anos e a unificação de todos os profissionais sob um
mesmo regime. As informações foram apresentadas pelo secretário de
Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Abi-Ramia Caetano, em
coletiva no Palácio do Planalto na manhã desta terça feira.
As novas regras valerão para homens com até 50 anos de idade, e
mulheres com até 45 anos. O secretário disse que a mudança não afetará
quem já estiver aposentado, ou em vias de se aposentar. “Nada muda para
quem se aposentou ou para as pessoas que completarem as condições de
acesso até a aprovação da medida.”
Pelas regras atuais, não há limite mínimo de idade para se aposentar,
e a exigência é de um tempo mínimo de contribuição – 30 anos para
mulheres e 35 anos para homens, no caso dos trabalhadores urbanos do
setor privado.
Novo cálculo dos benefícios
A taxa de reposição aos 25 anos de será de 76% do salário médio
durante tempo de contribuição. Ou seja, se alguém tiver média de
salário de 2.000 reais, e decidir se aposentar tendo pago 25 anos de
contribuição, receberá 1.520 reais. Essa porcentagem de 76% representa o
mínimo de 51%, mais 1% para cada ano de contribuição.
Ou seja, cada ano de contribuição acrescenta 1% na taxa de reposição.
Assim, com o mesmo salário médio de 2.000 reais, se o trabalhador tiver
30 anos de contribuição ao se aposentar, terá direito a 81% de
reposição (51% mínimos + 30% por 30 anos). Nesse caso, com 30 anos,
receberia 1.620 reais de benefício. Por esse cálculo, para receber 100%
do salário médio, seria preciso contribuir por 49 anos.
Com essa nova regra as fórmulas de cálculo da taxa de reposição de
benefícios atuais – o fator previdenciário e a fórmula 85/95 – deixariam
de existir. O limite mínimo para o benefício continuará sendo o salário
mínimo, em todos os casos, segundo Caetano.
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