O presidente Michel Temer rebateu duramente as críticas de que o
governo cortaria gastos em saúde e educação, como tem dito a
ex-presidente Dilma Rousseff. Em cerimônia do Ministério da Saúde no
Planalto nesta quarta-feira, Temer disse que vai "combater" essas
versões e pediu ajuda na tarefa para ministros e parlamentares.
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Um governo cidadão tão estupidificado, tão idiota que chega ao poder
para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde e
para acabar com educação - ironizou Temer, completando que isso é um
problema para o governo, e muito desagradável.
- Isso vai
pegando, passando de um para outro, e as redes sociais hoje têm poder
extraordinário. E eu vou combatê-los. Não vou permitir que se faça de
outra maneira - esbravejou Temer, batendo a mão no púlpito no Planalto.
-
Isso é inadmissível, porque quando nós falamos em teto de gastos,
falamos da totalidade dos gastos. Não teto para saúde ou educação.
Temer
ressaltou que o teto de gastos vale para os gastos como um todo. Ou
seja, outros gastos podem ser compensados. O presidente também criticou
as notícias de que seu governo elevaria a carga horária para 12 horas,
após declarações do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em reunião
com sindicalistas. Temer chegou a pedir ao ministro que esclarecesse os
fatos. Nogueira havia dito que o governo queria uma jornada semanal de
48 horas — 44 horas, mais 4 extras — e permitir que cada categoria
estabelecesse, via convenção coletiva, a melhor forma de distribuir esse
tempo. O teto diário, explicou o ministro, seria de 12 horas.
Mesmo
antes do afastamento do Planalto, a ex-presidente Dilma Rousseff
atacava Michel Temer frequentemente pela parte social, afirmando que ele
iria acabar com programas sociais. No último dia 29, quando foi
defender-se no plenário do Senado no impeachment, a petista atacou a
proposta de emenda constitucional (PEC) do teto de gastos, enviada ainda
pelo governo interino, para limitar o crescimento do gasto público à
inflação do ano anterior. Dilma disse que a medida impediria que "mais
crianças e jovens" tivessem acesso às escolas.
- É impedir que,
por 20 anos, mais crianças e jovens tenham acesso às escolas; que, por
20 anos, as pessoas possam ter melhor atendimento à saúde; que, por 20
anos, as famílias possam sonhar com casa própria - alfinetou Dilma no
Senado, dois dias antes de ser destituída da Presidência.
Em
dezembro do ano passado, poucos dias depois de seu processo de
impeachment ser aberto na Câmara, a ex-presidente Dilma Rousseff havia
criado um site para desmentir boatos. O "Fatos e boatos" buscava que
internautas "só compartilhassem a verdade", e queria confrontar "versões
facciosas".
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