O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin
negou um pedido do deputado Wellington Roberto (PR-PB) para permitir que
parlamentares apresentem emendas durante a sessão em que a Câmara vai
decidir se o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve ter o
mandato cassado, marcada para esta segunda-feira (12).
A batida de
martelo de Fachin, relator do caso, ocorreu na noite deste domingo
(11). No mesmo dia, ele também negou pleito semelhante apresentado pela
defesa de Cunha.
Roberto entrou com mandado de segurança para que o
STF tornasse nula uma decisão do ex-presidente da Câmara Waldir
Maranhão (PP-MA), que assumiu a presidência da Casa em maio, logo após
Cunha ser afastado da cadeira, e deixou a cadeira julho.
No início
de junho, Maranhão fez uma consulta à CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) da Câmara. Ele perguntou, entre outras coisas, se o plenário
deveria votar o relatório recomendando a cassação, elaborado pelo
relator, Marcos Rogério (DEM-RO), ou um projeto de resolução, com o
mesmo conteúdo.
A diferença é que, no primeiro caso, os deputados
só votarão contra ou favor da perda de mandato. O segundo instrumento,
porém, permitiria que os parlamentares apresentassem emendas e destaques
ao texto.
O projeto de resolução é mais vantajoso para Cunha,
pois seu aliados poderiam sugerir penas mais brandas ao peemedebista,
além de postergarem o início da votação.
Após os questionamentos
de Maranhão, o relator escolhido pela CCJ para respondê-los, Arthur Lira
(PP-AL), aliado do deputado afastado, afirmou que o plenário deveria
deliberar sobre o projeto de resolução.
Maranhão, no entanto,
suspendeu a tramitação da consulta e determinou, em decisão monocrática,
que os deputados deveriam decidir em cima do relatório de Marcos
Rogério.
Na peça encaminhada ao Supremo, em agosto, Wellignton
Roberto solicitou a anulação dos efeitos de decisão de Maranhão. O
ministro Fachin, entretanto, negou o pedido do deputado, mantendo válido
o que foi decidido por Maranhão. Com informações da Folhapress.
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