O ministro Teori Zavascki autorizou a remessa da ação penal sobre as contas na Suíça para a Justiça Federal do Paraná
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Os advogados do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
entraram com recursos no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar
postergar o envio dos processos contra o peemedebista para outras
instâncias jurisdicionais, especialmente para o juiz Sérgio Moro,
responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba.
Após Cunha perder o mandato na última segunda-feira, 12, o ministro
Teori Zavascki autorizou a remessa da ação penal sobre as contas na
Suíça para a Justiça Federal do Paraná.
Segundo a reportagem apurou, no caso das contas na Suíça, os
advogados do peemedebista argumentam que eles ainda não puderam entrar
com recursos no processo porque o acórdão da decisão do plenário do
Supremo ainda não foi publicado. Para defesa, se a investigação descer
para a primeira instância, haverá um embaraço jurídico porque Moro teria
que analisar os embargos de declaração de uma decisão tomada pelo
Supremo.
Outra ação penal referente ao recebimento de US$ 5 milhões em propina
de contratos de navios-sonda foi encaminhada para o Tribunal Regional
Federal do Rio, porque, além de Cunha, é ré no processo a prefeita de
Rio Bonito (RJ), Solange Almeida. Como chefe de executivo municipal,
Solange tem foro privilegiado perante tribunal de segunda instância.
Já na outra ação penal, o pedido é que o processo seja mantido na
Corte até que a Câmara julgue um recurso em que o peemedebista pede que
seja revista a decisão dos deputados de cassar o seu mandato na última
segunda-feira.
Cunha ainda é alvo de outros cinco inquéritos no STF - quatro deles
devem ser redistribuídos em breve. Um deve ser mantido na Corte, já que
são investigadas autoridades com foro privilegiado. Com informações do
Estadão Conteúdo.
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