A campanha de Michel
Temer à vice-presidência em 2014, na chapa de Dilma Rousseff, doou R$
4,7 milhões a candidatos e diretórios de partidos com dinheiro recebido
por meio de duas empreiteiras investigadas no Operação Lava Jato: OAS e
Anfrade Gutierrez. As informações são do UOL.
No total, a campanha
do vice repassou R$ 16,5 milhões para 76 candidados e a oito diretórios
regionais do PMDB. Embora as doações declaradas de empresas não sejam
ilegais, advogados do presidente interino têm pedido que as contas de
Temer sejam analisadas separadamente nos processos de cassação da chapa
Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao todo, há
quatro processos que pedem a cassação do mandato da presidente e do vice
por crimes eleitorais. As ações, movidas pelo PSDB, argumentam que as
doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato são "abuso de poder
econômico".
A reportagem diz, ainda, que Temer fez mais duas
doações com recursos próprios no valor de R$ 50 mil cada uma. No último
dia 3, ele foi condenado em segunda instância por uma dessas doações e,
por isso, pode ficar inelegível por 8 anos e pagar multa de R$ 80 mil.
Temer foi condenado porque o valor da doação superou em 10% de seu
patrimônio declarado na eleição de 2014, de R$ 839.924,46. Temer ainda
pode recorrer à decisão.
A assessoria de imprensa de Michel Temer
não comentou sobre a questão. O PMDB disse que "sempre arrecadou
recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país". Afirmou
também que as doações estão "perfeitamente de acordo com as normas da
Justiça Eleitoral".
A Adrade Gutierrez informou que as doações
feitas são direcionadas exclusivamente aos diretórios nacionais dos
partidos. "A definição das candidaturas que receberão esses recursos é
feita pelos partidos, sem obrigatoriedade de informação às empresas
doadoras", completou. A OAS não comentou sobre o caso.
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