Veja a repercussão internacional das prisões da Lava Jato
Em todos os meios
de comunicação, o foco das reportagens não poderia ser melhor para o
país: o Brasil está mudando uma cultura em que os ricos se safam da
prisão.
O The New York Times afirma que a investigação chegou ao mais alto nível do governo e dos negócios no país.
E
ressalta o poder do nome da 14a fase da operação Lava Jato: "erga
omnes", cuja tradução do latim para português significa "vale para
todos".
"Foi uma aparente
mensagem de que o país está tentando acabar com a sua conhecida cultura
de impunidade, na qual os ricos e poderosos infringem a lei sem medo de
punição", escreve o New York Times.
Seguindo a mesma linha, o Wall Street Journal diz
que as prisões são um "ponto de exclamação" e mostram que as
instituições jurídicas e coercitivas estão trabalhando
independentemente, "em uma nação onde os ricos e poderosos escaparam por
muito tempo de punição".
O
Journal vai além e afirma que as investigações estão chegando mais
próximas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo a Folha de S. Paulo, já teria dito que ele próprio seria o próximo alvo da operação Lava Jato.
Um dos mais influentes na economia e negócios no mundo, o Financial Times ressalta
que as prisões dos presidentes das empreiteiras mostram que a Polícia
Federal está quebrando "a cultura brasileira de impunidade para os
poderosos".
"A investigação
no maior escândalo de corrupção do Brasil está ameaçando engolfar o
Partido dos Trabalhadores da presidente Dilma Rousseff e seu antecessor
Luiz Inácio Lula da Silva", acrescenta o jornal.
O
Financial Times lembra ainda que o escândalo aparece no momento em que o
país vai atravessar sua pior recessão após a crise de 2008.
Já a Bloomberg, um dos conglomerados de mídia mais influentes nos Estados Unidos, foi categórica:
Ao prender Marcelo Odebrecht, os procuradores da República não apanharam um "peixe grande", mas uma "baleia".
E
afirma que a prisão de um dos herdeiros mais ricos e influentes no país
mostra que os escândalo na Petrobras e que está abalando a economia não
demonstra sinais de que irá diminuir tão cedo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário