Como a decisão de Dilma sobre previdência afeta a sua vida?
A presidente Dilma Rousseff tem até hoje para sancionar ou vetar uma mudança na previdência proposta pelo Congresso. A proposta acaba com o famigerado fator previdenciário, e tem consequências diretas na aposentadoria dos brasileiros.
Veja a seguir cinco respostas que ajudam a entender o que pode mudar e como isso tem a ver com você:
O que é o fator previdenciário?
Criado
no governo FHC, o fator previdenciário existe para desestimular
aposentadorias precoces e tenta mitigar um problema sério: o aumento nos
gastos da Previdência Social. O dispositivo leva em conta a expectativa
de vida do contribuinte, sua idade e tempo de serviço.
Qual o problema com ele?
O
fim do fator previdenciário é uma reivindicação história dos movimentos
sindicais. Isso porque esse dispositivo tem reflexo direto no valor do
benefício pago a quem se aposenta por tempo de serviço, prejudicando
quem começou a contribuir cedo com a previdência.
Qual é a proposta do Congresso?
A
proposta aprovada no Congresso modifica esse sistema e o substitui pelo
sistema chamado de 85/95. Por esta fórmula, o trabalhador tem direito à
aposentadoria integral, caso a soma de sua idade e seu tempo de
contribuição seja igual a 85 para as mulheres e 95 para os homens. Com
isso, a conta fica mais justa para quem tem mais tempo de contribuição.
O que diz a presidente Dilma?
Dilma
já sinalizou que pode vetar esse projeto. A presidente argumenta que a
fórmula 85/95 pode quebrar a Previdência Social, e propõe uma
alternativa ao texto. A proposta que pode ser apresentada pela
presidente usa como base o sistema 85/95, mas eleva gradativamente o
mecanismo, até chegar a 95/100. O motivo para essa mudança é o aumento
da expectativa de vida da população.
E se Dilma vetar o projeto?
Parlamentares
da base aliada têm apelado para que a presidente não vete a proposta,
visto que isso pode atravancar ainda mais a relação da presidente com o
Congresso. Uma alternativa para a petista seria sancionar o texto como
está, e propor outro projeto, em que aumenta a fórmula para 95/100.
Porém, há a possibilidade deste novo texto não ser aprovado no
Congresso, o que geraria problemas para a Previdência Social no futuro.
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