Em denúncia
apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Lava Jato, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que empresas ligadas à
Odebrecht usaram contas no exterior para fazer pagamento de propina ao
PP, cujo principal beneficiário era o ex-deputado João Pizzolatti (SC).
De acordo com a denúncia, o ex-deputado recebeu pelo menos 1,53 milhão
de dólares no esquema.
De
acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a Braskem,
controlada pela Odebrecht, efetuou quatro transferências que
beneficiaram o deputado entre 2009 e 2010 para que a construtora fosse
favorecida em contratos de aquisição de nafta celebrados com a
Petrobras.
"Realizadas
as transferências bancárias internacionais, Alberto Youssef
disponibilizava as correspondentes quantias, em reais, no Brasil, ao PP e
particularmente a João Pizzolatti Junior. Dessa forma, entre 2009 e
2010, pelo menos US$ 1,530 milhão foram repassados a título de propina",
escreveu Janot na denúncia.
Os
detalhes do esquema foram incluídos na denúncia oferecida na
quarta-feira ao STF. Só nesta quinta-feira, no entanto, é que os
documentos se tornaram públicos.
Acusações -
Além de Pizzolatti, Janot ofereceu denúncia contra outros seis
políticos do PP: os deputados federais Arthur Lira (AL), Mário
Negromonte Júnior (BA), Luiz Fernando Faria (MG), José Otávio Germano
(RS), Roberto Britto (BA) e o ex-deputado Mário Negromonte (BA).
Todos
foram acusados por Janot pelos crimes de corrupção passiva e ocultação
de bens. Negromonte Júnior também foi denunciado por organização
criminosa e por tentar atrapalhar a investigação. Segundo a denúncia,
Pizzolatti e Negromonte lucraram, juntos, aproximadamente 360,9 milhões
de reais no esquema.
(Com Estadão Conteúdo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário