O cientista político Bolívar Lamounier, ligado ao
PSDB, enviou ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um ofício
em que sugere a prisão preventiva do ex-presidente Lula por “orquestrar e
conduzir” a compra de votos de deputados federais contra o impeachment
da presidente Dilma Rousseff.
Segundo ele, a prática ocorre “em plena luz do dia, sem qualquer disfarce” e exige “intervenção urgente e enérgica” do procurador-geral.
Segundo ele, a prática ocorre “em plena luz do dia, sem qualquer disfarce” e exige “intervenção urgente e enérgica” do procurador-geral.
Lamounier afirma que Lula negocia a compra de votos no hotel Golden
Tulip, em Brasília. Para o sociólogo, “não há dúvida” de que se trata de
um crime. No ofício, ele cita que o caso do mensalão, cujo objeto
também era “a compra de consciências e votos de congressistas”,
aconteceu durante o governo Lula.
“Os antigos ‘coronéis’ do interior nordestino tornaram-se conhecidos como os grandes vilões de nossa história política. Mas, justiça seja feita, por execráveis que fossem suas ações de aliciamento eleitoral, eles as praticavam com recursos próprios, não com cargos e verbas públicas, como ocorre atualmente nas dependências do hotel”, escreve.
A intervenção de Janot estaria configurada, segundo o cientista político, pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) firmada com o acórdão da Ação Penal 470 - o processo do mensalão. Lamounier afirma, ainda, que a proximidade da votação inicial do impeachment de Dilma pela Câmara torna conveniente que Janot “impeça o prosseguimento da prática delituosa em curso, implicando inclusive a detenção preventiva de seu autor”.
A representação ainda não chegou oficialmente à PGR, segundo informações da assessoria de imprensa.
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