O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sustentou em julgamento
no STF nesta quarta-feira que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), se utilizou do mandato para cobrar pagamento de propinas em
esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e que teria recebido ao
menos 5 milhões de dólares.
As
acusações já constavam na denúncia oferecida pelo procurador-geral ao
Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado, mas foram reafirmadas no
tribunal nesta quarta-feira, quando a corte decide se o presidente da
Câmara passa à condição de réu.
Para
o procurador, o parlamentar recebeu a propina em esquema de corrupção
da Petrobras envolvendo navios-sonda. Ao ter o pagamento interrompido,
passou a utilizar seu mandato para pressionar pelo reestabelecimento da
transação.
Janot disse ainda
que acusações contra Cunha baseiam-se em provas, como registros em
agendas, entradas em estacionamentos e dados de telefonia obtidos
durante as investigações, e não apenas nas informações obtidas por meio
de delações premiadas.
O
presidente da Câmara nega as acusações e já declarou que teria "total"
condição de permanecer no comando da Câmara, mesmo que passe à condição
de réu no processo.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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