O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias
Toffoli disse nesta sexta-feira (19) que a ação de investigação em que o
PSDB pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice,
Michel Temer, será colocada em pauta quando for liberada pela
ministra-relatora.
“O processo tem uma relatora e é a relatora que
vai conduzir este processo. Então, eu não posso aqui passar por cima da
relatora e estabelecer prazos, porque ela vai ter que estudar este
processo e vai ter que trazer e liberar isso a julgamento”. A relatora
da ação é a ministra Maria Thereza. “E assim que ela liberar para
julgamento, o que eu posso garantir, estando eu ainda na presidência,
colocarei em pauta imediatamente”, completou Toffoli.
O presidente
do TSE foi questionado pelos jornalistas sobre a implicação da Emenda
Constitucional (EC) 91/2016 nas eleições. Promulgada nesta quinta-feira
(18), a EC abre espaço para que os candidatos às eleições deste ano, que
exercem mandatos de deputados ou vereadores, mudem de legenda. “Isso só
a realidade vai mostrar”, disse o ministro.
Toffoli lembrou
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o mandato pertence ao
partido político: “Há alguns anos, o Supremo Tribunal Federal tomou uma
decisão estabelecendo que o político que deixa o seu partido perde o
mandato porque o mandato é do partido político”. Toffoli esteve nesta
sexta-feira em um workshop realizado pelo TSE para jornalistas sobre o
funcionamento do Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico
de Votação. O teste será realizado nos dias 8, 9 e 10 de março. Uma
resolução do ano passado passou a disciplinar o TPS. “Nós estabelecemos
como regra fazer antes das eleições, a partir de agora, o teste de
segurança das urnas eletrônicas para trazer maior tranquilidade e maior
segurança para o cidadão de que a urna eletrônica é confiável”.
De
acordo com o presidente, o teste consiste em convidar especialistas
para testar o sistema. “Em que consistem esses testes de segurança?
Consistem em convidar especialistas com alto conhecimento tecnológico a
encontrar alguma falha nos sistemas dos programas da justiça eleitoral. E
a partir daí, se algo for descoberto, corrigi-la”. Com informações
da Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário