Investigadores da Lava
Jato analisam indícios de repasse de subsidiárias da Odebrecht em contas
do exterior controladas pelo marqueteiro do PT João Santana,
responsável por campanhas do partido desde a reeleição do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e da presidente Dilma Rousseff. As
investigações apuram as finanças dele em diversos países, entre eles
Suíça, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Ainda segundo o jornal,
os dados sobre a movimentação financeira de Santana integram pacote de
documentos enviados ao Brasil pela promotoria suíça em acordo de
cooperação. As investigações correm em segredo de justiça. O marqueteiro
está sendo investigado desde que a Polícia Federal encontrou uma carta
de Mônica Moura, mulher e sócia de Santana, na casa do lobista Zwi
Skornicki, ligado ao estaleiro asiático Keppel Fels.
Oficialmente,
Santana recebeu R$ 88,9 milhões da campanha de Dilma em 2014. Outros
pagamentos vinculados à campanha, se confirmados, seriam em tese caixa
2. O advogado de João Santana, Fábio Tofic, disse que o publicitário
desconhece qualquer apuração que envolva seu nome e que, inclusive,
questionou formalmente o juiz Sergio Moro sobre a existência de um
inquérito contra seu cliente. A Odebrecht também disse que desconhece o
inquérito.
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