Segundo o ministro, os
cientistas envolvidos na pesquisa estão “tão otimistas”, que há
possibilidade de a vacina estar pronta para uso em larga escala em três
anos.
“Há um grande otimismo
de que nós poderemos desenvolver essa vacina num tempo menor do que
estava previsto...aproximadamente dentro de um ano nós poderemos ter a
vacina desenvolvida”, disse o ministro da Saúde a jornalistas.
“Se tudo correr bem... digamos que em três anos a gente poderia ter a vacina”, afirmou.
Para
agilizar a produção da vacina, segundo Castro, os pesquisadores
concordaram em promover testes da vacina simultaneamente em camundongos e
macacos, e não separadamente.
Estão
previstos investimentos brasileiros de 1,9 milhão de dólares nos
próximos cinco anos na parceria com os Estados Unidos e o Instituto
Evandro Chagas.
O acordo
prevê a criação de um comitê de coordenação que irá se reunir para
analisar progressos e resultados alcançados no âmbito da cooperação, e
também está prevista a participação de outros organismos internacionais,
incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O
ministério também anunciou nova parceria com o Centro de Controle e
Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) e o
Estado da Paraíba para estudos sobre fatores associados entre o Zika
vírus e a microcefalia.
TERCEIRO CASO
Segundo
Castro, ainda não há dados atualizados de notificações de suspeitas de
microcefalia associada ao Zika vírus. O último boletim divulgado pelo
ministério aponta 4.783 casos suspeitos, sendo que 404 deles foram
confirmados.
Mas o ministro
confirmou que a Organização Mundial de Saúde foi comunicada da morte de
uma terceira pessoa, uma mulher de 20 anos falecida em abril do ano
passado, relacionada à doença. O Zika vírus foi encontrado em amostras
da jovem.
“Estamos estudando
ainda em maior profundidade porque só agora essa informação chegou para
a gente”, disse Castro. “A informação que temos é que foi Zika”.
O
diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da
Saúde, Cláudio Maierovitch, explicou que não é possível dizer que a
doença foi a única causa da morte da jovem, mas que ainda assim tinha de
ser notificada à OMS. Ela apresentava problemas respiratórios e teve
uma pneumonia como causa mortis oficial.
“Não
é possível afirmar a essa altura que o vírus Zika foi a causa exclusiva
e direta da morte. É possível que tenha sido... mas ainda precisamos de
mais dados e de investigação”, disse Maierovitch.
Castro afirmou ainda que está prevista a visita da diretora-geral da OMS, Margaret Chan, ao Brasil nos dias 23 e 24 deste mês.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Edição de Eduardo Simões)
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