A Organização Mundial da Saúde (OMS) contestou as declarações do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que disse que o Brasil "perde feio" a batalha contra o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de zika, dengue e chikungunya.
"Nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito. Ano passado foi o (ano) que teve o maior número de casos de dengue no Brasil em toda a história", disse Castro.
Com cuidado político, a OMS mandou uma mensagem
diferente sobre como avalia a situação. "Acho que é algo fatalista",
disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, na manhã desta
terça-feira, 26, em Genebra, na Suíça, ao responder a uma pergunta do
Estado sobre a declaração do ministro. "Se esse fosse o caso, poderíamos
abandonar tudo. Não é o caso", disse.
"Podemos esperar ver a doença em mais lugares. Estamos trabalhando e é difícil eliminar o mosquito", declarou o porta-voz.
A
OMS também insistiu em não comentar o fato de o Brasil ter tido um
recorde no número de casos de dengue. "Não é uma luta só brasileira.
Ainda vemos o problema nas regiões tropicais. Não posso comentar a
situação brasileiro. O que, sim, vemos é que há muito esforço em medidas
preventivas", disse.
O zika vírus, transmitido por mosquitos e
suspeito de provocar más-formações fetais, deve atingir todo o
continente americano, com exceção do Canadá e Chile. A informação é da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Emergência
Na
quinta-feira, 21, a pedido da direção da OMS, uma reunião especial será
realizada em Genebra para lidar com a crise do zika. Durante o
encontro, a Organização Pan-Americana de Saúde fará anúncios sobre como
tem lidado com a doença e países também apresentarão suas medidas.
A
OMS assumiu a coordenação do combate à doença apenas na semana passada,
depois que o vírus havia sido registrado em 21 países.
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