Numa
conversa de 1h35 minutos, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral
(PT-MS), revela seu plano para conseguir um habeas corpus no Supremo
Tribunal Federal (STF) para tirar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró da prisão e enviá-lo para fora do País. Em troca, Cerveró não faria acordo de delação premiada em que citaria o senador.
A
conversa foi gravada pelo filho de Cerveró, Bernardo, que participou de
uma reunião com Delcídio e o advogado da família, Edson Ribeiro.
Delcídio
do Amaral foi preso nesta quarta-feira, 25, pela Polícia Federal,
por ordem do Supremo. O senador foi detido por tentar barra as
investigações da Operação Lava Jato.
Também foram presos hoje o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual,
o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, e o advogado Edson
Ribeiro.No último dia 18 de novembro, após intensas negociações, Cerveró
fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da
República. Era esse o temor de Delcídio. O líder do governo tinha receio
de que Cerveró o envolvesse no esquema de propinas na Petrobrás,
estatal onde o petista trabalhou no setor de Óleo e Gás, no governo
Fernando Henrique Cardoso.
Preso desde janeiro deste ano, Cerveró já foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
O
advogado Mauricio Silva Leite, que defende o senador petista, disse que
vai primeiro tomar ciência dos motivos da prisão de Delcídio, para
depois se manifestar.
COM A PALAVRA, A ASSESSORIA DO BTG PACTUAL:
"O
BTG Pactual esclarece que está à disposição das autoridades para
prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as
investigações."
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