Ex-campeão dos médios (84 kg) do Ultimate, Anderson Silva foi julgado
pela Comissão Atlética de Nevada, na última quinta-feira (13), em Las
Vegas (EUA), pelo uso de esteroides e ansiolíticos, flagrados no seu
organismo nos testes antidoping antes e depois da luta contra Nick Diaz,
no UFC 183. O brasileiro pegou a pena máxima, que é o gancho de um ano,
mas para o diretor da Comissão, Bob Bennett, 'Spider' deu sorte.
Isso
porque Anderson foi julgado pela antiga política antidoping do UFC,
onde as penas são muito mais brandas do que o novo modelo de combate as
drogas na organização americana.
Em
entrevista a jornalistas, após a audiência, o diretor avaliou a confusa
defesa de Anderson Silva, que alegou que o atleta tomou um estimulante
sexual contaminado, trazido por um amigo da Tailândia.
"Ficou
óbvio que foi um desafio para Anderson preencher o questionário
pré-luta. Para ser sincero, o questionário era falso e o depoimento foi
inconsistente. Ele admitiu que tomou alguma substância contaminada, que
na realidade era drostanolona e afirmou que tomou essa substância
novamente perto do dia 31 de janeiro. Com isso, os resultados do
“Sports Medicine Research and Testing Laboratory”, deram positivo.
Anderson teve muitas respostas inconsistentes, inapropriadas, ele não
sabia dizer as datas e horários e, quando era conveniente, se lembrava.
Portanto, o chairman e os três comissários acharam apropriado multá-lo e
puni-lo com a pena máxima. Ele teve sorte que nós ainda não
implementamos as novas multas e punições, o que poderia acabar com o seu
futuro profissional", disse Bennett.
A
nova política antidoping citada pelo diretor da Comissão de Nevada
entram em prática a partir de 1º de setembro, onde a pena mínima para
lutadores flagrados por uso de esteroides é de um ano e meio de gancho.
Caso
Anderson Silva tivesse sido julgado pela nova política, poderia ter
pego a pena de quatro anos de suspensão, o que possivelmente indicaria o
término forçado de sua carreira.
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