O deputado cassado contratou o advogado Marlus Arns, que já atua em acordos de delação premiada de empresários na Lava Jato.De acordo com o Valor Econômico,
Cunha disse ontem a seus advogados estar disposto a colaborar com as investigações da Lava Jato. "Eu quero falar, eu vou falar", afirmou o ex-presidente da Câmara, de acordo com o jornal.Arns é o responsável pelos acordos de colaboração dos empreiteiros Dalton Avancini, Eduardo Leite e Paulo Augusto Santos, da Camargo Corrêa, e do empresário João Bernardi Filho.
No entanto, segundo informações do Estadão, ao deixar a sede da Federal na capital paranaense nesta quinta (20), o advogado afirmou que delação premiada "não foi tema de conversa" que teve com o ex-deputado.
Risco para o processo
Cunha acabou preso por ordem de Sérgio Moro. O juiz federal acolheu os argumentos da força-tarefa da Procuradoria da República de que apontava que a liberdade do ex-deputado representava um "risco para a instrução do processo e para a ordem pública".
Calafrios no governo Temer
A prisão de Eduardo Cunha após longo período de investigações na Operação Lava Jato causa transtornos em Brasília. Dentro do governo Michel Temer (PMDB), a visão é de que o deputado cassado e, até pouco tempo, todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados, pode agir de forma "vingativa" e "não cair sozinho".
Essas eram as informações trazidas pelos principais jornais brasileiros nesta quinta-feira (21).Também ontem, ao deixar o exame de corpo delito, no Instituto Médico Legal (IML), de Curitiba, falou rapidamente sobre sua prisão: "É uma decisão absurda".
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