Rodrigo Janot,
procurador-geral da República, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pareceres favoráveis à concessão do indulto a oito condenados no
processo do mensalão. Compõem a lista o ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares; o ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane; o advogado
Rogério Tolentino; os ex-deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry
(PP-MT), Romeu Queiroz (PMB-MG), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Bispo
Rodrigues (PR-RJ).
O ministro Luís Roberto Barroso, relator do
caso, vai decidir sobre a concessão do possível benefício. Em caso
positivo, o grupo será perdoado definitivamente pelos crimes que
cometeram no esquema que vigorou durante o governo Lula, informou "O
Globo".
Os advogados alegaram que todos tiveram bom comportamento
na prisão. Janot concordou com os agumentos . A defesa ressaltou que os
requerentes cumpriram os requisitos contidos no decreto de indulto
natalino, concedido em dezembro do ano passado pela presidente Dilma
Rousseff. Hoje, Samarane, Romeu Queiroz, Tolentino e Pedro Henry estão
em liberdade condicional. Já Delúbio, Bispo Rodrigues, Valdemar e João
Paulo estão no regime domiciliar.
Previsto na Constituição
Federal, o indulto é um perdão pelos crimes aos quais os presos foram
condenados, desde que se enquadrem em critérios preestabelecidos pelo
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. O benefício só
pode ser concedido pelo presidente da República. Tradicionalmente, todo
Natal é publicado no Diário Oficial da União um decreto de indulto. O
indulto não é automático: precisa ser pedido à Justiça pela defesa do
preso.
De acordo com "O Globo", o decreto do último Natal prevê o
perdão para condenados que estejam em regime aberto, cujas penas
remanescentes não sejam superiores a oito anos, se não reincidentes, e
seis anos, se reincidentes, desde que já tenham cumprido um quarto da
pena. O decreto dispõe que quem obtém o indulto não precisa cumprir o
restante da pena, sem nenhuma restrição, como se apresentar à Justiça
periodicamente.
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também pediram indulto ao STF.
Entretnato, Rodrigo Janot ainda não se manifestou sobre esses pedidos.
Mas adiantou que, no caso de Dirceu, afirmou que vai primeiro aguardar a
posição do STF sobre a transferência dele para o regime fechado para
depois opinar sobre o indulto.
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