Brasília - No
tradicional balanço de fim de ano, o líder do governo na Câmara dos
Deputados, José Guimarães (PT-CE), considerou que a ideia do impeachment
da presidente Dilma Rousseff "está se esvaziando" e que não é mais a
pauta principal do País porque a percepção da sociedade mudou. "O
discurso da oposição está se esvaziando", disse na tarde desta
segunda-feira, 21.
Para Guimarães, o Supremo Tribunal Federal
(STF) colocou ordem no rito do impeachment e agora não cabe à oposição
apresentar projeto para permitir a inscrição de chapa avulsa na escolha
da comissão especial do impeachment. Em sua opinião, "vozes do além"
alimentam a instabilidade política no País. "Ninguém muda a regra do
jogo com o jogo sendo jogado", declarou.
O petista disse que o
governo não vai se intrometer na questão do pedido de afastamento do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para ele, o assunto está
agora nas mãos do STF. "Se vai afastar ou não, é um problema do STF",
tergiversou.
Apesar da crise com o PMDB, Guimarães disse que o
governo conta com o apoio dos peemedebistas e espera que a situação
interna se estabilize. Ele afirmou esperar que os problemas do partido
se resolvam, assim como as diferenças entre a presidente Dilma Rousseff e
seu vice Michel Temer. "Já já o PMDB se estabiliza", previu.
Questionado
sobre os impactos da Operação Lava Jato no PT, o vice-presidente
nacional da legenda admitiu que as investigações trouxeram consequências
para o partido, mas disse ser difícil avaliar o "estrago" da apuração
policial. Ele defendeu que todos os partidos passem por uma
"purificação" após a Lava Jato.
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