São Paulo – Um estudo realizado por pesquisadores do MIT e da Universidade de Harvard, nos EUA, pode ajudar no desenvolvimento de uma droga para curar a obesidade. Eles descobriram como bloquear um gene defeituoso que está conectado com a doença.
Publicada no Periódico de Medicina de New England,
a pesquisa revelou que o FTO, conhecido desde 2007 como o gene da
obesidade, não afeta diretamente o metabolismo do ser humano. Ele
influencia outros genes que causam a doença.
O
que os cientistas desvenderam é que um destes genes possui um defeito:
ele diminui a produção de gorduras marrons. O ser humano, geralmente,
possui dois tipos de gordura: a branca (que armazena gordura) e a marrom
(que queima gordura). Enquanto a maioria das pessoas tem as duas
gorduras em proporções parecidas, os obesos têm mais brancas do que
marrons.
Para bloquear este gene, os
cientistas norte-americanos o editaram usando uma ferramenta chamada
CRISPR. Eles descobriram que ao bloquear este gene, os ratos do
experimento ficaram 50% mais magros.Problemas relacionados à obesidade matam 2,8 milhões de pessoas no mundo todo dia, de acordo com a OMS.
Só no Brasil, 52,5% da população está acima do peso e, desta metade,
17,9% é considerada obesa, segundo dados de 2015 do Ministério da Saúde.
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