BRASÍLIA - A CPI da Petrobrás
aprovou nesta quinta-feira, 27, novos requerimentos de convocação, entre
eles o de José Dirceu. Os depoimentos serão colhidos na próxima semana,
quando a comissão se deslocará a Curitiba. A defesa do
ex-ministro-chefe da Casa Civil , no entanto, diz que seu cliente
não pode depor antes de falar à Justiça e que vai ficar em silêncio.
A
convocação de Dirceu já era dada como certa desde que o Palácio do
Planalto e a comissão negociaram o depoimento do ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, na tentativa de preservar o ex-ministro-chefe da
Casa Civil. Na ocasião, Dirceu cumpria prisão domiciliar por sua
condenação no processo do Mensalão e a oposição já queria trazê-lo para
depor à CPI. Os petistas conseguiram livrar Dirceu mas sabiam que, assim
que fosse preso, o petista não teria como escapar da convocação.
Em votação em bloco, foram aprovadas as convocações de
César Ramos Rocha (da Andrade Gutierrez), Márcio Faria (da Odebrecht),
Celso Araripe de Oliveira (ex-gerente de projetos da Petrobrás),
Alexandrino Alencar (da Odebrecht), Jorge Zelada (ex-diretor da Área
Internacional da Petrobrás), Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de
Moura ( considerado elo do PT e do ex-ministro José Dirceu na Petrobrás)
e Elton Negrão de Azevedo (da Andrade Gutierrez).
Alexandre
Correa de Oliveira Romano (ex-vereador do PT), Flávio David Barra (da
Andrade Gutierrez Energia) e Othon Luiz Pinheiro da Silva (ex-presidente
da Eletronuclear), tiveram requerimentos de convocação aprovados. No
entanto, o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), explicou que
eles não poderão ser ouvidos pela CPI porque estão envolvidos nas
investigações relacionadas ao setor elétrico e não à Petrobrás, fugindo
assim do escopo da comissão.
Também foram colocadas em votação de
última hora as acareações entre o doleiro Alberto Youssef e o operador
do PMDB, Fernando Soares, o Fernando Baiano. O requerimento não foi
aprovado por falta de quórum.
Agenda. Pela
programação da comissão, as oitivas começarão na segunda-feira (31), a
partir das 9 horas, com os depoimentos de Dirceu, João Antônio Bernardi
Filho (da empresa Saipem), Otávio Marques de Azevedo (Andrade
Gutierrez), o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Jorge
Zelada, e Elton Negrão de Azevedo (ex-diretor da Andrade Gutierrez).
No
dia seguinte (1) será a vez de Marcelo Odebrecht, Márcio Faria da Silva
(da Odebrecht), Rogério Santos de Araújo (executivo da Odebrecht e do
estaleiro Jurong), César Ramos Rocha (executivo da Andrade Gutierrez),
Alexandrino de Salles Ramos de Alencar (diretor Odebrecht) e Celso
Araripe de Oliveira (ex-gerente de Projetos da Petrobrás).
Na
quarta-feira (2) serão ouvidos: Ricardo Hoffmann (da Borghi Lowe
Propaganda e Marketing) e Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura.
A CPI ainda tenta organizar uma agenda de acareações na quarta e na
quinta-feira (3).
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