A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou nesta quinta-feira o pedido de impeachment do presidente Michel Temer na
Câmara dos Deputados. Com base em informações da delação dos executivos
da JBS, a OAB entendeu que Temer cometeu crime de responsabilidade e,
por isso, deve ser condenado à perda do mandato e se tornar inelegível
por um período de oito anos.
O principal argumento da entidade é o
de que o presidente praticou o crime de omissão ao ouvir – sem tomar
nenhuma atitude – o dono da JBS, Joesley Batista, dizer que estava
comprando juízes e um procurador e pagando pelo silêncio do deputado
cassado Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro.
Apesar do novo
pedido de impeachment – o 15º contra Temer e o 11º desde que vieram a
público as revelações de Batista em acordo de delação premiada, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu indicativos de que
pretende arquivar todos os processos. Com isso, ganha força o julgamento
marcado para o próximo dia 6 de junho, quando o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) vai avaliar se cassa ou não o mandato de Temer por abuso
de poder econômico e político.
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