BRASÍLIA - Em resposta às declarações do ex-assessor especial José Yunes de que serviu de “intermediador”
do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o presidente Michel Temer
divulgou nesta sexta-feira, 24, uma nota com a mensagem de que não tem
participação no episódio.
Assessor especial da Presidência da
República até o final do ano passado e amigo pessoal de Temer há mais de
40 anos, o advogado José Yunes confirmou na quinta-feira, 23, ao Estado
que recebeu um pacote do doleiro Lúcio Funaro, a pedido de Padilha, um
mês antes da eleição presidencial de 2014 que reelegeu a chapa Dilma
Rousseff e Michel Temer, mas alegou que não viu o conteúdo. Apesar da
afirmativa, Yunes negou que tenha atuado como operador dos recursos de
campanha do PMDB.
Yunes disse que conversou na quinta
pessoalmente com o presidente e falou sobre o depoimento espontâneo que
fez à Procuradoria-Geral da República sobre o imbróglio, em razão da
delação premiada de Cláudio Melo, ex-diretor da Odebrecht, que disse que
Yunes teria recebido dinheiro em espécie em seu escritório de
advocacia, em São Paulo. Segundo ele, Temer não demonstrou preocupação
com o fato e lhe disse que "o melhor é sempre contar a verdade".
“Quando
presidente do PMDB, Michel Temer pediu auxílio formal e oficial à
Construtora Norberto Odebrecht. Não autorizou, nem solicitou que nada
fosse feito sem amparo nas regras da Lei Eleitoral”, diz o texto,
divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência. “A Odebrecht
doou R$ 11,3 milhões ao PMDB em 2014. Tudo declarado na prestação de
contas ao Tribunal Superior Eleitoral. É essa a única e exclusiva
participação do presidente no episódio”, completa o texto.
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