O Ministério Público Federal não pediu a prisão preventiva do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao denunciá-lo, na semana
passada, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso que envolve
o tríplex do Guarujá (SP). A informação consta em despacho do juiz
Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que tornou Lula réu nesta
terça-feira.
Desde a apresentação da denúncia pelos procuradores
da força-tarefa da Lava Jato, havia suspense sobre um eventual pedido de
prisão de Lula. Os procuradores da República e o próprio juiz Sérgio
Moro se recusaram, seguidas vezes, a comentar sobre as ações cautelares
no processo. A VEJA, Moro afirmou em palestra nos Estados Unidos, que
não comentaria a questão ao ser abordado com a indagação que mais
costuma ouvir nas ruas: quando vai prender Lula?. “Vou ficar devendo
essas respostas”, disse, rindo, antes de encerrar a entrevista. “Cut,
cut, cut (Corta, corta, corta)”, brincou, em inglês.
Mas, no
despacho desta terça, Moro revelou o mistério. “Quanto ao pedido de
prisão preventiva formulado pelo Ministério Público Estadual de São
Paulo, não houve renovação do pedido perante este juízo pelo Ministério
Público Federal, motivo pelo qual o tenho prejudicado, dispensando
exame.”
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