Blog Andrologia
A próstata é uma glândula do tamanho aproximado de uma noz,
localizada abaixo da bexiga e ao redor da uretra. Ela faz parte do
aparelho reprodutor masculino e sua principal função é produzir o fluído
seminal que compõe o sêmen e ajuda a transportar os espermatozóides
durante a ejaculação.
Quando pensamos em problemas na próstata, a primeira doença que vem à
cabeça é o câncer, grande preocupação do homem de meia idade – afinal, é
o câncer masculino mais comum, com cerca de 90% de índice de cura
quando descoberto no início. Porém, a próstata pode apresentar outras
patologias que, apesar de não serem tão preocupantes, também precisam
ser tratadas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), aproximadamente 75%
dos homens com 50 anos ou mais apresentam algum tipo de alteração na
próstata. Para homens com mais de 80 anos, a porcentagem sobe para 95%.
Todas essas doenças têm como principal sintoma a dificuldade para
urinar, já que a glândula fica ao redor da uretra e, ao aumentar de
tamanho, comprime-a.
Confira quais são as duas patologias prostáticas mais comuns, além do tão falado câncer:
Prostatite
A prostatite é a inflamação ou infecção da próstata causada por
bactérias e atinge cerca de 10% dos homens. Seus sintomas são dores na
região perineal (entre o saco escrotal e o ânus), no abdômen inferior,
no pênis ou nos testículos e também dor ao urinar.
Quando aguda, a prostatite causa febre, tremores, fraqueza,
dificuldade para urinar e infecção urinária constante, com urina escura e
de cheiro forte, muitas vezes com a presença de sangue. O diagóstico se
dá por exames de urina e da secreção prostática e o tratamento é feito
com antibióticos, anti-inflamatórios, banhos de assento e repouso.
Já a prostite crônica tem sintomas mais leves e a indicação de tratamento é com antibiótico prolongado.
Hiperplasia Benigna da Próstata
Mais comum após os 40 anos, quando chega a atingir de 80% a 90% dos
homens, a hiperplasia prostática beningna é, como o próprio nome diz, o
crescimento benigno da próstata. Com este aumento, a glândula masculina
passa a comprimir ou até obstruir a uretra, causando dificuldade para
urinar e infecções urinárias frequentes.
Os sintomas mais comuns são jato de urina fraco e com interrupções,
sensação de não ter esvaziado a bexiga completamente, gotejamento
terminal, necessidade urgente de urinar, sangue na urina, dor ou ardor
na micção, entre outros.
O diagnóstico é feito por exame clínico detalhado, apoiado por exames de sangue, urina e muitas vezes ultrassonografia.
O tratamento se dá de três formas, conforme a gravidade da
hiperplasia e as condições gerais do paciente: acompanhamento,
medicamento e cirurgia. A cirurgia é indicada para aproximadamente 10%
dos casos e a mais comum é a Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP),
feita por via uretral. Porém, pacientes com próstata muio volumosa ou
cálculos na bexiga muitas vezes precisam realizar a intervenção
cirúrgica por meio de uma abertura feita na bexiga. Quanto aos
medicamentos, os mais indicados são os inibidores das α5 Redutase, que
levam à redução do tamanho da próstata, e os αBloqueadores, que causam o
seu relaxamento.
Como os sintomas de todas as doenças de próstata envolvem
dificuldades no trato urinário, somente um urologista pode dar o
diagnóstico correto para o seu caso.
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