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O
presidente do julgamento do processo de impeachment, ministro Ricardo
Lewandowski, indeferiu pedido da acusação para que o professor de
direito Geraldo Prado seja ouvido na condição de informante. O professor
foi arrolado como testemunha pela defesa de Dilma Rousseff.
Segundo
Lewandowski, a acusação já tinha apresentado argumentos semelhantes
para pedir a impugnação de Prado e do economista Luiz Gonzaga Belluzo
como testemunhas – quando os advogados alegaram que ambos eram
especialistas e não acompanharam os fatos de perto, além de terem
escrito livros e artigos sobre o assunto, manifestando opinião pessoal
previamente. O pedido foi apresentado pela advogada da acusação, Janaína
Paschoal.
Belluzo
Após três horas, os senadores concluíram a oitiva do economista Luiz
Gonzaga Belluzo. Ao responder perguntas dos senadores, ele reiterou sua
convicção de que o processo de impeachment em curso é um “atentado à
democracia”, percepção que já tinha expressado em depoimento na Comissão
Especial do Impeachment. O economista defendeu a política fiscal do
governo Dilma e disse que ela agiu com “excesso de responsabilidade
fiscal” ao fazer um contingenciamento de R$ 70 bilhões seguido de outro
de R$ 8,5 bilhões para tentar compensar, em vão, a queda de arrecadação
em 2015. Ao fim de seu depoimento, Belluzo comentou, a pedido da
advogada de acusação, a possibilidade de cassação do mandato de Dilma
Rousseff e disse considerar que não há motivos justificáveis para isso.
“Eu diria que a interrupção de um mandato conseguido através do sufrágio
universal é uma coisa que deveria exigir cuidados muito especiais,
muita cautela, muita prudência. E isso só poderia ser feito em casos
extremos, e eu não acho que nós estamos diante de um”, disse.
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