São Paulo - A delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, foi cancelada na semana passada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O
estopim foi uma capa da VEJA que revelava a citação do ministro do
Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e a reação de ministros da
instituição.
De acordo com a revista Veja dessa semana,
o material produzido ao longo de cinco meses de tratativas e descartado
menciona o ex-presidente Lula, a campanha à reeleição da presidente
afastada Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves e o ministro José Serra.
No
caso de Lula, a acusação é de que ele usava propinas da OAS para
despesas pessoais e que ele é o verdadeiro dono do tríplex no Guarujá.
Lula
e sua esposa, Marisa Letícia, foram indiciados ontem pela Polícia
Federal por crimes associados ao tripléx. Eles dizem que a acusação “tem
caráter e conotação políticos e é, de fato, peça de ficção”.
Segundo
a VEJA, o governo Dilma teria determinado a elaboração de contrato
fictício de prestações de serviços de publicidade e pesquisa para pagar
despesas de campanha.
Outra acusação é de que a guarda dos bens pessoais de Lula foi feita
com vista a conseguir influência em negócios internacionais.
Em
relação ao hoje chanceler José Serra, a revista cita acusação de
Pinheiro de que a licitação do Rodoanel Sul quando ele era governador de
São Paulo em 2007 incluiu 3% em "vantagens indevidas" da Andrade
Gutierrez.
O senador Aécio Neves, também do PSDB, também é citado.
Segundo a VEJA, a delação de Pinheiro traz a informação de que houve
uma necessidade de pagamento de 3% por fora de cada empresa do consórcio
envolvido nas obras da cidade administrativa de Belo Horizonte quando
ele era governador de Minas Gerais.
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