Mensagens interceptadas na Lava Jato mostram
que o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro tratava de arranjos políticos
com o atual ministro da Casa Civil e então governador da Bahia, Jaques
Wagner. Em uma das conversas, há indicação de tentativa de se resolver o
imbróglio provocado pelo apoio do peemedebista Geddel Vieira Lima, à
época vice-presidente da Caixa, à candidatura de oposição ao PT na
disputa pela prefeitura de Salvador em 2012.
"Se você chamá-lo
para um whisky resolve", escreveu Pinheiro a um telefone identificado
pelos investigadores como sendo de Wagner. No diálogo, Geddel seria
identificado pela letra "G" ou como "Gordinho". A mensagem foi enviada
três dias depois do 1º turno da disputa da capital baiana. No 1º turno, o
candidato do PT era Nelson Pellegrino, que concorreu com Mário Kertész
(então PMDB) e ACM Neto (DEM). Pellegrino e ACM Neto foram ao 2º turno.
Na
tarde de 10 de outubro de 2012, quando ainda restava dúvida sobre para
qual candidato seria direcionado o apoio do PMDB no 2º turno, Pinheiro
escreveu a Wagner: "Acabei uma longa conversa com o seu companheiro de
avião ontem (G)". No próprio dia 10, Manuel Ribeiro Filho, da OAS,
enviou mensagem a Pinheiro informando que o PMDB apoiaria ACM Neto e
levantou questão sobre a permanência de Geddel na Caixa.A OAS não se
manifestou. Jaques Wagner não se pronunciou até a noite de ontem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário