A polêmica transferência do Neymar para o Barcelona continua na mira da Justiça espanhola. A Fiscalía, o Ministério Público espanhol, pediu que o Neymar fosse declarado como acusado por fraude e corrupção entre particulares, segundo a rádio espanhola Caderna SER.
No documento dirigido ao juiz
José de la Mata, o MP também solicitou a acusação de outros envolvidos
na transação: o presidente do Barcelona, Josep Bartolomeu, o
ex-presidente do clube, Sandro Rosell, o pai do Neymar e os antigos
mandatários do Santos, Odilio Rodrigues e Luis Álvaro de Oliveira
Ribeiro; assim como o próprio Santos e o Barcelona, como pessoas
jurídicas.
A investigação
espanhola teve início com o processo do grupo DIS, que possuía parte dos
direitos do Neymar. A DIS reclama que recebeu apenas 40% dos R$75,2
milhões que o Barcelona pagou ao Santos, enquanto acredita que deveria
receber a porcentagem do montante final da transferência, que, segundo
investigações da Justiça da Espanha, chega aos R$366,3 milhões.
Desse
montante, R$176 milhões teriam sido pagos à empresa do pai do Neymar, a
N&N, para garantir que o atleta assinaria com o clube catalão no
término do seu contrato com o Santos. Segundo o juiz espanhol, esse
acordo poderia ter prejudicado o livre mercado de jogadores e também a
DIS por não poder receber mais dinheiro com a oferta de outros clubes
pelo atleta.
Além do processo
aberto em Madri, o ‘caso Neymar’ também segue no Tribunal Provincial de
Barcelona, que acusa Bartolomeu e Rosell por fraude fiscal de R$57,2
milhões na assinatura do atacante. Por esse caso, a Justiça pede a
prisão de Bartolomeu por dois anos e três meses e de sete anos e seis
meses para Rosell, assim como o pagamento de multas nos valores de
R$16,7 milhões e R$110,4 milhões, respectivamente. O Barcelona ainda
teria que pagar R$147,8 milhões de multa e indenização para a Fazendo
espanhola.
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