Brasília - O ministro da Saúde,
Arthur Chioro, foi demitido nesta terça-feira, 29, por telefone, pela
presidente Dilma Rousseff. A conversa , que ocorreu pela manhã, fo
telegráfica. A presidente apenas informou ao ministro que precisava do
cargo.Em entrevista dada ao Estado na segunda, Chioro
havia afirmado que, qualquer pessoa que ficar à frente da pasta
enfrentará, no próximo ano, uma situação difícil caso a proposta de
Orçamento seja aprovada no Congresso da maneira que foi enviada. De
acordo com ele, os recursos reservados para a área de média e alta
complexidade pagam as despesas somente até setembro. O cargo de Chioro
deverá ser ocupado por um integrante do PMDB. A mudança é um arranjo
para o governo obter maior apoio no Congresso.
Menos de 12 horas depois de desembarcar em
Brasília, Dilma já teve um primeiro encontro com seu vice, Michel Temer,
na manhã desta terça-feira, 29. Os dois tiveram uma rápida reunião no
Palácio do Planalto para conversar sobre a reforma ministerial.
Para
superar o impasse com o PMDB, a presidente sinalizou que estaria
disposta a dar sete ministérios à sigla. Até agora, ela trabalhava com o
número de seis pastas. Assim, ficaria mais fácil atender à demanda dos
deputados peemedebistas, que exigem comandar dois ministérios, além da
bancada do partido no Senado e do grupo do vice.
No encontro,
Dilma garantiu a Temer que quer prestigiar todas as alas do PMDB na
reforma e disse que foi aconselhada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e outros aliados a ampliar o espaço da legenda no governo.
Segundo
auxiliares de Temer, ele saiu convencido de que a presidente está
disposta a resolver o problema com o PMDB e a contemplar todo o partido
na reforma ministerial.
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