PT teme que empreiteiro relate esquema para abastecer campanhas
A
coluna Painel da Folha de São Paulo publicou hoje uma contextualização
sobre os impactos da operação Lava Jato e as tensões no governo. De
acordo com a publicação, a prisão de Marcelo Odebrecht causou pânico no
mundo político, um dos motivos é o grau de conhecimento que o presidente
da empreiteira tem a respeito dos pormenores do financiamento eleitoral
ao PT nos últimos anos.
Embora o executivo negue a participação
da Odebrecht no escândalo de corrupção da Petrobras, ele teria feito
relatos de como o esquema abasteceu campanhas petistas em 2010 e 2014. A
preocupação agora é que Marcelo decida contar mais detalhes se ficar
preso por muito tempo.
Estimando que os depoimentos do executivo
possam suscitar maiores estragos, os advogados apostam que a libertação
dos presos desta sexta-feira será mais rápida que o normal.
A
publicação refere que a entrada da Odebrecht e da Andrade Gutierrez na
Lava Jato fará com que o Planalto reforce o empenho para firmar os
acordos de leniência na CGU (Controladoria-Geral da União). O governo
também não quer travar mais embates no setor de infraestrutura, uma vez
que todas as grandes empresas estão envolvidas na operação.
A
Polícia Federal aponta ainda que “as operações do grupo Odebrecht seguem
padrões mais sofisticados do que as concorrentes”. Isso explicaria,
segundo a PF, a ausência de provas em buscas anteriores na empresa. “Os
[meios]eletrônicos estavam praticamente limpos”, registram os agentes em
um dos textos.
As prisões dessa semana criaram tensão nos
políticos, que ainda esperam conhecer o teor da delação de Ricardo
Pessoa, da UTC, que deve ser homologada nos próximos dias pelo relator
Teori Zavascki.
O texto também cita que a oposição fará pressão
sobre o TCU nos próximos 30 dias para cobrar a rejeição das contas de
2014 do governo Dilma. Para os tucanos, essa decisão seria o caminho
para pedir o impeachment da presidente.
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