Amarilla e auxiliar que está na Copa América são suspensos no Paraguai após revelação de escutas
A Associação Paraguaia de Futebol (APF) anunciou nesta segunda-feira que o árbitro Carlos Amarilla e o auxiliar Rodney Aquino estão suspensos dos campeonatos locais para que possam se defender das acusações levantadas pela TV argentina Améirca.
Aquino, por sinal,
está em ação na Copa América do Chile e foi assistente do árbitro
Enrique Cáceres na vitória do Brasil sobre a Venezuela por 2 a 1.
"Dentro do estabelecido no Estatuto da Associação Paraguaia de Futebol, até que sejam sanadas os supostos feitos denunciados pela mídia e, sem que isto seja considerado uma sanção ou pena que afete a dignidade das pessoas que se citam em sequência, a Comissão de Árbitros determinou que os juízes Carlos Amarilla e Rodney Aquino, em princípio, não serão levados em conta para a designação de partidas do Campeonato Clausura", explica o comunicado da APF.
"Dentro do estabelecido no Estatuto da Associação Paraguaia de Futebol, até que sejam sanadas os supostos feitos denunciados pela mídia e, sem que isto seja considerado uma sanção ou pena que afete a dignidade das pessoas que se citam em sequência, a Comissão de Árbitros determinou que os juízes Carlos Amarilla e Rodney Aquino, em princípio, não serão levados em conta para a designação de partidas do Campeonato Clausura", explica o comunicado da APF.
Nos áudios, o
ex-homem-forte do futebol sul-americano - falecido em 2014 - levanta
inúmeras suspeitas de corrupção e favorecimento. "A Comissão de Árbitros
da APF dece afastar Amarilla e Aquino dos próximos jogos do campeonato
local, o Clausura", está escrito na nota divulgada pela associação
paraguaia.
Mais cedo, Carlos Amarilla negou qualquer envolvimento com o caso.
"Estou
tão surpreso quanto vocês. Eu não favoreci o Boca. Estou muito
tranquilo, porque quem não deve não teme", afirmou o paraguaio à rádio
AM 970, de Assunção. "Sou o mais interessado em que isso se esclareça.
Querem sujar meus 18 anos de carreira."
No áudio em questão, Julio
Grondona - presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA) por
décadas, morto no ano passado - aponta Amarilla como "o maior reforço do
Boca". Seu interlocutor é Abel Gnecco, representante da comissão de
árbitros argentina, que diz ter trabalhado pela escalação de Amarilla:
"Escolhi e tudo saiu ótimo".
"As palavras desses dirigentes corruptos destroem o futebol. Metem a
gente nessas coisas sujas dos dirigentes. Estamos fora disso. Todos os
árbitros temos erros, mas nunca com má intenção. A mim, ninguém se
aproximou, ninguém me ofereceu nada nunca. Todos sabem como sou",
respondeu o paraguaio.
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