A proposta de reforma da Previdência, uma das principais bandeiras
do governo Michel Temer, tem despertado rejeição entre a maioria dos
brasileiros. Conforme aponta pesquisa realizada pelo insituto Datafolha,
71% dos brasileiros se declaram contrários à reforma. A taxa vai a 83%
quando considerados apenas funcionários públicos, uma das categorias
mais afetadas pelas mudanças propostas.
A pesquisa mostra também a
opinião dos 2.781 entrevistados sobre alterações que o governo ainda
discute fazer na proposta inicial apresentada à comissão especial que
analisa a pauta, como as regras específicas para aposentadoria de
professores, policiais militares e membros das forças armadas. Entre os
consultados, 54% são contra as diferenças de idade mínima e tempo de
contribuição no caso de professores, 55% pensam o mesmo sobre a
aposentadoria de policiais e 58% no caso dos militares.
Entre os
que se declaram a favor da reforma previdenciária, 87% afirmam ser
contra pelo menos um entre três pontos específicos: a idade mínima de 65
anos para homens, de 62 para mulheres e a nova fórmula de cálculo de
benefício, que determina 40 anos de contribuição para o recebimento do
teto.
Novas leis. Além das alterações na
previdência, a pesquisa aborda também outras reformas no radar do
governo federal. É o caso da proposta de reforma trabalhista e a lei da
terceirização.
Entre os entrevistados, 64% acreditam que a reforma trabalhista,
aprovada pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira, privilegia
empresários em detrimento dos trabalhadores. Sobre a lei da
terceirização, que permite a contratação fora da CLT para qualquer tipo
de serviço, 63% consideram o mesmo.
Quando considerados os
empresários, quase metade (48%) entende que o emprego deve ser
beneficiado pela nova lei. Entre os assalariados, porém, esse índice
caai a 34% que acredita que haverá menos vagas e 33% que consideram que o
panorama continuará o mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário