O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci decidiu
negociar um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato e
comunicou a sua intenção a seu advogado de defesa, o criminalista José
Roberto Batochio, inclusive dizendo que ele terá de se afastar do caso.
A negociação
do acordo de delação será feita pelos advogados Adriano Bretas e Tracy
Reinaldeti, de Curitiba – eles tinham sido dispensados por Palocci após
terem sido contratados pelo petista para tocar o acordo de colaboração
com o Ministério Público Federal. Agora, Palocci mudou de ideia e
decidiu recontratar os advogados, que são especialistas em acordo de
delação.
Batochio já protocolou nesta sexta-feira a sua
desistência da defesa de Palocci, ao lado de outros três advogados. Na
petição, o advogado diz que “deixam o patrocínio da causa, tendo em
vista a mudança de orientação da defesa técnica por parte do
constituinte”.
Réu em dois processos em Curitiba, Palocci teme que
suas condenações possam ultrapassar os 30 anos de prisão. Segundo a
reportagem da Folha de S. Paulo, que antecipou a informação
nesta sexta-feira, o afastamento de Batochio foi uma exigência da
força-tarefa da Lava Jato porque o criminalista é contrário a esse tipo
de acordo.
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