O ministro da Casa Civil do governo Temer, Eliseu Padilha,
está mais implicado que os outros sete já mencionados nas investigações
da Lava Jato. O nome dele aparece nas delações de pelo menos seis
ex-executivos da Odebrecht, que o apontam como responsável por pedir,
receber e ainda gerenciar propinas.
Os valores são referentes às
obras na Eclusa Lajeado, em Tocantins, na Trensurb, ferrovia do Rio
Grande do Sul, e no aeroporto do Galeão, no Rio. Como contrapartida,
Padilha garantia ajuda durante os processos de licitações, que acabavam
consagrando a empreiteira como vencedora.
Para piorar, dizem os
delatores, as negociações foram protagonizadas por ele nos três últimos
governos do Brasil: Fernando Henrique Cardoso, Lula e de Dilma Rousseff.
"O
executivo (Valter Lana) me disse que foi procurado pelo Eliseu Padilha,
que alegou a ele ter ajudado a Odebrecht no processo licitatório [de
2001], portanto fazia jus ao pagamento de 1%", afirmou um dos delatores,
Benedicto Junior, ex-presidente de Infraestrutura da empreiteira.
De
acordo com informações da Folha de S. Paulo, o escritório de Padilha em
Porto Alegre, em funcionamento até hoje, aparece nas planilhas dos
delatores como local de entrega de R$ 1 milhão, mas dessa vez em março
de 2014.
Ex-executivos da empreiteira dizem ainda que o ministro
gerenciou os repasses autorizados por Marcelo Odebrecht para campanhas
do PMDB em 2014, assunto que foi tratado em jantar no Palácio do Jaburu,
com Temer.Eliseu Padilha falou sobre as acusações.
"O ministro
disse que confia nas instituições brasileiras, razão pela qual registra
que tem certeza de que com a abertura das investigações lhe será
garantida a oportunidade para exercer amplamente seu direito de defesa",
informou ele, por meio de sua assessoria de imprensa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário