A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou hoje
(14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para que a Corte revise
decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes que impediu, no ano
passado, Lula de assumir a Casa Civil no governo da ex-presidenta Dilma
Rousseff. Os advogados classificam a decisão como “erro histórico”.
A
nova petição, encaminhada ao Supremo nesta terça, foi motivada pela
decisão do ministro Celso de Mello, que manteve a nomeação de Moreira
Franco para a Secretaria-Geral da Presidência da República, órgão que
tem status de ministério e garante foro privilegiado ao titular. Moreira
foi citado em uma das delações de executivos da empreiteira Odebrecht
na Operação Lava Jato.
Segundo os advogados de Lula, a decisão
individual de Mendes provocou um “dano histórico” ao impedir o
ex-presidente de assumir a Casa Civil. “Lula preenchia todos os
requisitos previstos no Artigo 87 da Constituição Federal para o cargo
de ministro de Estado, além de estar em pleno exercício de seus direitos
políticos. Ele não era indiciado ou réu naquele momento. Nada justifica
o impedimento imposto, que teve graves efeitos não só em relação à
honra e à imagem de Lula, mas também para a democracia do país”,
argumenta a defesa do ex-presidente.
Ao decidir liberar a ida de
Moreira Franco para a Secretaria-Geral, Celso de Mello entendeu que a
nomeação de alguém para o cargo de ministro de Estado não pode ser
encarada como um fato de obstrução da Justiça e destacou que a
prerrogativa de foro privilegiado é uma consequência da nomeação.
No
ano passado, ao impedir a posse de Lula na Casa Civil, Gilmar Mendes
disse que a nomeação foi feita por Dilma para conceder foro privilegiado
ao ex-presidente e evitar que ele fosse julgado pelo juiz federal
Sérgio Moro nas ações da Lava Jato.
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