BRASÍLIA - O presidente Michel Temer reafirmou na manhã desta
quinta-feira, durante café da manhã com jornalistas no Planalto, que não
está em seus planos renunciar por conta de delações premiadas da Lava-
Jato ou por conta da crise politica. Ele afirmou, no entanto, se a chapa
Dilma-Temer for cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cabe a
ele seguir a decisão da Justiça.
— Se a chapa for cassada respeito a decisão do Judiciário. Claro que antes disso haverá recursos e mais recurso.
Sobre uma possível renúncia, disse apenas:
— Confesso não pensar nisso.
— E se for cassado, obedeço a decisão da Justiça.
Ao
comentar a sua baixa popularidade, o presidente disse que é uma aliada
porque assim pode tomar medidas duras. Segundo ele, seria mais
confortável deixar decisões “polêmicas” para o próximo governo.
E
sobre a citação do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) na delação de
ex-executivos da Odebrecht por ter intermediado e recebido R$ 1 milhão,
Temer disse que não o demitirá.
— Não tirarei o chefe da Casa Civil não. Ele continua firme o forte.
Ao
lembrar de expressão usada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
de que ele é menos que uma ponte, e sim um pinguela, Temer disse que
não importa o meio, mas que é preciso atravessar a crise.
— Não importa se é ponte ou pinguela. Importa atravessá-la.
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