A Justiça Federal converteu em prisão preventiva cinco alvos da
Operação Hefesta, investigação conjunta da Polícia Federal e da
Procuradoria da República sobre fraudes e desvio de 7,9 milhões de reais
na licitação para construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador, o
‘Museu do Lula’, em São Bernardo do Campo, região do ABC paulista. Entre
os investigados que vão ficar presos por tempo indeterminado estão os
secretários de Cultura e de Obras de São Bernardo, respectivamente
Osvaldo de Oliveira Neto e Alfredo Luiz Buso.
Além dos secretários
municipais, a Justiça Federal impôs a preventiva aos empresários
Antonio Célio Gomes de Andrade (empresa CEI), Eduardo dos Santos e
Gilberto Vieira Esguedalho (estes da empresa Cronacron), responsáveis
por pessoas jurídicas supostamente de fachada contratadas para o
empreendimento até hoje inacabado.
Todos estavam em regime de prisão temporária, desde a deflagração da Hefesta.
Ao
mesmo tempo, a Justiça Federal mandou soltar outros três investigados: o
ex-subsecretário de Obras Sérgio Suster, o empresário Artur Anísio dos
Santos e, ainda, Francisco de Paiva Fanutti, do escritório Brasil
Arquitetura.
O Museu do Trabalhador, ou ‘Museu do Lula’, foi
criado para homenagear o movimento sindical do ABC paulista, berço
político do ex-presidente.
Hefesta, nome da missão integrada da
PF e da Procuradoria, é uma alusão ao deus do trabalho, do fogo, dos
artesãos, dos escultores e da metalurgia.
Quando a Operação
Hefesta foi deflagrada, a prefeitura de São Bernardo do Campo informou,
em nota, que ‘é a maior interessada em que tudo seja esclarecido e está à
disposição das autoridades competentes para fornecer as informações
necessárias’. “A Prefeitura tem certeza que nenhum desvio institucional
foi cometido nesta obra.”
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