Depois de um ano marcado por eventos imprevisíveis, a Lava
Jato tem potencial para causar um estrago político sem precedentes em
2017.
Na madrugada de domingo (18), ao todo 77 funcionários da
Odebrecht prestaram depoimento para corroborar o que informaram no
acordo de delação premiada. A documentação dos acordos de delação serão
levadas na segunda-feira (19) para uma sala isolada, trancada, no
terceiro andar do prédio principal do Supremo Tribunal Federal. Só terão
acesso ao material o ministro Teori Zavaski, relator da operação,
assessores e juízes do caso.
Segundo informações da Folha de
S.Paulo, o grupo da empreiteira contou em detalhes o engenhoso esquema
de corrupção realizado com políticos do governo federal e do Congresso,
governadores e outros nomes da política nacional.
Diante de todo
esse reboliço, o protagonismo do juiz Sergio Moro e de procuradores que
atuam em Curitiba tende a dividir as atenções com os capítulos da
investigação em Brasília sobre políticos com foro no STF (Supremo
Tribunal Federal).
Sem foro privilegiado e nas mãos de Moro, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu pelos crimes de lavagem de
dinheiro e corrupção passiva em razão das relações com a empreiteira
OAS, além de responder por outras duas ações penais, segue na fila para
ser julgado em 2017.
Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF)
deve homologar a delação da Odebrecht até março, na volta do recesso de
fim de ano do judiciário. A partir daí, cabe à Procuradoria-Geral da
República definir quais dos citados devem ser investigados. Na linha de
frente estão ministros do governo de Michel Temer, senadores e
deputados.
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