sábado, 2 de julho de 2016

Temer reclama de protestos em frente a sua casa: 'Assustam minha mulher e meu filho, eles choram'





O presidente em exercício, Michel Temer, deu uma entrevista exclusiva à revista Veja desta semana em que aborda os principais desafios de seu governo interino, as acusações sofridas pela cúpula do PMDB, após as delações de Sérgio Machado, e as perspectivas para a aprovação definitiva do impeachment de Dilma Rousseff no Senado.

Ele não acredita que sua gestão será implicada pela Operação Lava Jato, apesar de três ministros já terem caído — dois por estarem diretamente ligados às investigações de corrupção levadas a cabo pela Polícia Federal e um por ter feito críticas aos trabalhos da PF.
"Em 45 dias, resolvemos o problema federativo no País com a dívida dos estados. Aprovamos a Desvinculação de Receitas da União, a DRU, em duas semanas. No caso das estatais, o projeto estava parado no Senado. Votamos na Câmara. São exemplos de que a Lava Jato não atrapalha em nada."
Temer diz tampouco se sentir ameaçado pelo avanço da Lava Jato em direção aos principais líderes do PMDB. Ao ser questionado sobre as suspeitas de pagamento de propina aos caciques José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, enquanto ele presidia o partido, Temer banca o Lula:
"Eu cuidava das doações oficiais. Nunca soube que alguém pudesse dar verbas fora da doação oficial. E são afirmações que merecem comprovação, não são definitivas, têm de ser comprovadas."
O presidente em exercício se queixou da repercussão do afastamento de Dilma e da posse como interino em sua vida pessoal. Ele falou em "campanhas" contra ele, tendo em vista "a perspectiva do retorno" da petista:
"Outro dia, um grupo se postou em frente à minha casa e começou a gritar palavrões, assustando minha mulher e meu filho. Os dois ficaram chorando... Foi muito desagradável."
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