O ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso afirmou nesta
quarta-feira (29) que a corrupção se tornou a "espantosa regra" por
causa da impunidade e disse que a sociedade brasileira não tolera mais
esse fato.
"Corrupção, sonegação, lavagem de dinheiro passaram a
ser a espantosa regra", disse, durante seminário realizado pelo CNMP
(Conselho Nacional do Ministério Público), em Brasília, para discutir
grandes casos criminais do Brasil e da Itália.
E completou: "O
errado virou a regra e todo mundo passou a operar nessa regra". Para
ele, ainda há uma cultura no Brasil que valoriza a corrupção. O ministro
deu o exemplo de duas empresas, na qual em uma seu funcionário investe
em baratear os custos para aumentar o lucro, enquanto outra tem um
empregado que possui proximidade com agente público e paga propina.
"Nós
vivemos ainda em um país em que esse segundo funcionário é mais
valorizado do que o primeiro", afirmou Barroso.O ministro voltou a
defender o fim do foro privilegiado e afirmou que o Supremo não está
preparado para instruir e julgar ações penais como uma primeira
instância.
"O prazo médio para recebimento de uma denúncia no
Supremo é de 617 dias. Isso é um escândalo", disse Barroso. Com
informações da Folhapress.
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