Só 1% do total de casos de tumores de mama acomete homens,
segundo o Instituto Nacional de Câncer. Enquanto 14 mil mulheres
brasileiras morrem por ano dessa doença, menos de 200 homens sofrem o
mesmo destino. Mas, durante o Simpósio Internacional de Câncer de Mama
do Hospital Sírio-Libanês — que aconteceu entre os dias 23 e 24 de junho
de 2016 —, especialistas reforçaram a necessidade de a ciência e a
população como um todo não negligenciarem o problema.
Atualmente,
os tumores mamários em homens são associados a uma maior mortalidade do
que os femininos. “Contudo, isso não parece ser resultado de uma
eventual maior agressividade da doença em si, e sim do diagnóstico
tardio”, disse o mastologista Antonio Frasson, da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, durante sua apresentação. Em
outras palavras, essa enfermidade tende a ser flagrada no sexo
masculino somente quando está em estágio avançado. Por quê? Ora, os
marmanjos não esperam padecer desse mal — assim, só vão notá-lo quando,
por exemplo, nódulos relativamente grandes tiverem surgido no peito.
Aliás, nem os médicos costumam suspeitar da encrenca. Está aí uma razão
para não deixar os cânceres de mama masculinos em último plano.
O
combate a esse problema é recheado de incertezas, uma vez que a maioria
das pesquisas sobre câncer de mama é voltada exclusivamente para as
mulheres. Em geral, o tratamento envolve mastectomia — uma cirurgia que
remove boa parte do peito —, radioterapia e hormonioterapia. Em linhas
gerais, portanto, ele não difere muito da versão feminina do mal, porém é
menos rebuscado.
Isso também é facilmente ilustrado no contexto
da reconstrução mamária após a remoção do nódulo maligno. Embora até
existam técnicas que visam restabelecer a aparência do peitoral de um
homem, elas não são tantas e definitivamente perdem em refinamento
quando comparadas às utilizadas nos seios femininos.
Do ponto de vista de prevenção, manter um bom peso e fazer exercícios é a melhor pedida — para esse e outros vários tipos de tumor.
Também é essencial ficar de olho no histórico familiar, até porque ter
muitos parentes com câncer é um fator de risco para essa doença. E, se
um homem é diagnosticado com o problema, necessita passar por um
aconselhamento genético com um especialista.
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