A presidente Dilma Rousseff escalou os ministros Jaques Wagner (Casa
Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) para sondar as frentes
Brasil Popular e Povo Sem Medo sobre a proposta de antecipação das
eleições presidenciais caso o Senado confirme o prosseguimento do
processo de impeachment e o consequente afastamento da presidente.
Os ministros se reuniram com representantes das duas frentes na última sexta-feira, em São Paulo. Segundo participantes da reunião, os movimentos que integram as frentes responderam que podem reavaliar suas posições sobre a convocação de novas eleições depois que o Senado votar a continuidade do processo de impeachment de Dilma. Por enquanto a maioria das entidades é contrária à proposta por considerarem que ela é um reconhecimento do “golpe” contra o governo.
“Pelo menos até que se encerre o processo de impeachment nós não vamos reconhecer o governo (Michel) Temer. Depois pode até ter novas eleições”, disse João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST).
Na semana passada a Frente Brasil Popular aprovou uma posição unânime contra a proposta. A Frente Povo Sem Medo não tem posição formal sobre o tema. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), maior grupo a integrar a Povo Sem Medo, é favorável às novas eleições.
A avaliação do governo é que a proposta só teria alguma chance de prosperar com apoio maciço dos movimentos.
Além das frentes, os defensores das novas eleições vão ter que convencer o PT, que está dividido sobre o assunto, PC do B e o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem dado sinais contraditórios sobre seu posicionamento. O senador Jorge Viana (PT-AC) foi encarregado de procurar a ex-senadora Marina Silva (Rede), defensora da ideia.
A forma como a proposta seria encaminhada também é objeto de dúvidas. Senadores petistas defendem que a própria Dilma encaminhe ainda nesta semana uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Congresso pedindo a abreviação do atual mandato e convocação de novas eleições.
Outros defensores da proposta acham possível a apresentação de um decreto parlamentar chamando um plebiscito sobre o assunto.
Embora considerem remota a possibilidade de o projeto ser aprovado pelo Congresso, os autores da proposta argumentam que o tema poderia causar desgaste ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) logo no início de seu possível governo. Na semana passada Temer afirmou que a antecipação das eleições é um “golpe”. Petistas rebatem a declaração do vice dizendo que não é possível considerar “golpe” uma proposta que passa pelo voto popular.
Além disso, a proposta poderia servir como vetor para manter a mobilização iniciada no combate ao impeachment de Dilma.
“É óbvio que vamos ter um problema de mobilização porque ficar só contra (Temer) é difícil”, disse João Paulo Rodrigues.
Os ministros se reuniram com representantes das duas frentes na última sexta-feira, em São Paulo. Segundo participantes da reunião, os movimentos que integram as frentes responderam que podem reavaliar suas posições sobre a convocação de novas eleições depois que o Senado votar a continuidade do processo de impeachment de Dilma. Por enquanto a maioria das entidades é contrária à proposta por considerarem que ela é um reconhecimento do “golpe” contra o governo.
“Pelo menos até que se encerre o processo de impeachment nós não vamos reconhecer o governo (Michel) Temer. Depois pode até ter novas eleições”, disse João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST).
Na semana passada a Frente Brasil Popular aprovou uma posição unânime contra a proposta. A Frente Povo Sem Medo não tem posição formal sobre o tema. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), maior grupo a integrar a Povo Sem Medo, é favorável às novas eleições.
A avaliação do governo é que a proposta só teria alguma chance de prosperar com apoio maciço dos movimentos.
Além das frentes, os defensores das novas eleições vão ter que convencer o PT, que está dividido sobre o assunto, PC do B e o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem dado sinais contraditórios sobre seu posicionamento. O senador Jorge Viana (PT-AC) foi encarregado de procurar a ex-senadora Marina Silva (Rede), defensora da ideia.
A forma como a proposta seria encaminhada também é objeto de dúvidas. Senadores petistas defendem que a própria Dilma encaminhe ainda nesta semana uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Congresso pedindo a abreviação do atual mandato e convocação de novas eleições.
Outros defensores da proposta acham possível a apresentação de um decreto parlamentar chamando um plebiscito sobre o assunto.
Embora considerem remota a possibilidade de o projeto ser aprovado pelo Congresso, os autores da proposta argumentam que o tema poderia causar desgaste ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) logo no início de seu possível governo. Na semana passada Temer afirmou que a antecipação das eleições é um “golpe”. Petistas rebatem a declaração do vice dizendo que não é possível considerar “golpe” uma proposta que passa pelo voto popular.
Além disso, a proposta poderia servir como vetor para manter a mobilização iniciada no combate ao impeachment de Dilma.
“É óbvio que vamos ter um problema de mobilização porque ficar só contra (Temer) é difícil”, disse João Paulo Rodrigues.
Nenhum comentário:
Postar um comentário