O desempenhou ou as conquistas, o que pesa mais para um jogador ser o Bola de Ouro? A discussão deve ser ignorada em 2015. Afinal, Lionel Messi foi o grande craque do time que ganhou tudo. Assim, não houve espaços para dúvidas, e o argentino acabou eleito o melhor do mundo pela quinta vez na carreira, nesta segunda-feira, em cerimonia de gala da Fifa em Zurique, se isolando ainda mais como o maior vencedor da honraria.
"Boa noite a todos, é uma noite muito especial para
mim. Ganhar uma Bola de Ouro que foi para o Cristiano nos últimos dois
anos, é incrível que seja o quinto. Era o que sonhava quando pequeno.
Quero agradecer a quem votou em mim, sem meus companheiros não seria
possível. Quero agradecer ao futebol por tudo que me permitiu viver,
importante para crescer e aprender durante toda a vida. Boa noite e
muito obrigado", disse Messi.
O argentino recebeu 41,3% dos votos de técnicos, capitães e
jornalistas ao redor do mundo. Cristiano Ronaldo ficou com 27,75, e
Neymar recebeu 7,8% dos votos.
O camisa 10 do Barça já havia
conquistado o troféu em 2009, 2010, 2011 e 2012, abrindo dois de
vantagem para Zinedine Zidane (1998, 2000 e 2003), Ronaldo (1996, 1997 e
2002) e Cristiano Ronaldo (2008, 2013 e 2014). Vale lembrar que a
premiação da Fifa se unificou com a do a revista francesa France
Football a partir de 2010.
Messi comandou o Barça na conquista da
tríplice coroa no último ano (Uefa Champions League, Campeonato Espanhol
e Copa do Rei) e também participou do título do Mundial de Clubes em
dezembro, tendo deixado sua marca na final contra o River Plate.
O
argentino encerrou a temporada 2014-15 com a impressionante marca de 58
gols em 57 partidas, sendo 43 pelo Espanhol, dez pela Champions (foi o
artilheiro ao lado de Neymar e Cristiano Ronaldo) e cinco na Copa do
Rei.
Em meio ao domínio absoluto de Messi, a cerimônia ainda
acabou marcada de forma positiva para o futebol brasileiro, já que, com
Neymar, o país teve um finalista pela primeira vez desde 2007. Desde que
Kaká levou a Bola de Ouro, o futebol nacional não tinha representantes
entre os três melhores.
O camisa 11 fez um trio de ataque
memorável com Messi e Suárez em 2015 e não se escondeu na função de
coadjuvante do melhor do mundo. O brasileiro mostrou regularidade ao
longo da temporada e um futebol do mais nível, tendo ido às redes 39
vezes em 51 confrontos, uma delas foi na final da Champions, torneio
pelo qual marcou em dez oportunidades. Além disso, foram 22 gols no
Espanhol e sete na Copa do Rei (pela qual foi artilheiro).
Já
Cristiano Ronaldo é destronado após duas conquistas seguidas. Apesar de
um ano incrível individualmente, já que anotou 61 gols em 54 jogos, o
líder do Real Madrid não conseguiu títulos expressivos na última
temporada. O português teve de se contentar com as quedas nas oitavas de
final da Copa do Rei, semifinal da Champions e o vice no Espanhol.
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