A presidente Dilma Rousseff voltou a dizer nesta
sexta-feira, 15, que não teme denúncias, criticou vazamentos e se
mostrou disposta a apresentar qualquer documentação sobre qualquer tema.
"Nos últimos dias tem havido denúncias, essas denúncias são de
vazamentos. Eu não sei se as delações estão feitas ou não.
Delação
de quem, vazamento de quem. Mas me permita dizer, nós responderemos, eu
especialmente, responderei qualquer coisa, em quaisquer
circunstâncias", disse a presidente durante café da manhã com
jornalistas de sites, revistas e agências internacionais.
Dilma
disse ainda que as últimas denúncias que saíram "são repetições". "Para
cada um dos jornais que pediram nós enviamos toda uma resposta a
respeito de quem quer que seja. Se tornarem a pedir, nós tornaremos a
enviar. Não tem nenhuma novidade nesta questão", afirmou.
Essa
semana foi revelado que, em delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró declarou à Procuradoria-Geral da República ter ouvido do senador
Fernando Collor (PTB-AL) menção à presidente. Segundo Cerveró, em
setembro de 2013, Collor afirmou que Dilma permitiu que ele tivesse
liberdade para indicar os cargos de comando na BR Distribuidora,
subsidiária da Petrobras.
Segundo Dilma, as informações veiculadas
não são claras. "A gente não sabe quem disse, quem falou e se é
garantido. Não tem clareza. Para nós as perguntas nunca vêm claras",
reclamou. "Quem disse? Quem me garante? Disse aquilo mesmo? E em que
contexto?", questionou a presidente.
Cerveró mudou em sua delação
premiada a versão sobre um suposto pagamento de US$ 4 milhões à campanha
de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. O
montante, segundo publicou nesta semana o jornal Valor Econômico, teria
vindo de obras da refinaria de Pasadena.
Segundo a reportagem,
menções à presidente Dilma também sumiram na delação. No documento
prévio, Cerveró a citava três vezes; no depoimento posterior, nenhuma.
Uma das menções originais era que "Dilma incentivou Nestor Cerveró para
acelerar as tratativas sobre Pasadena. Sempre esteve a par de tudo que
ocorreu na compra daquela refinaria, e realizou diversas reuniões com
Nestor durante todo o trâmite".
Sem citar Cerveró, a presidente
afirmou que as não há nenhuma novidade sendo veiculada e que as notícias
já são publicas há dois anos. "Já teve até em CPI", lembrou a
presidente. "Querem a informação? Dou calhamaço feito com todas as atas
do Conselho da Petrobras", disse. "Se alguém quiser poderia me pedir
hoje, estou fornecendo hoje. Como eu sempre fiz", afirmou. Com
informações do Estadão Conteúdo.
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