A presidente Dilma
Rousseff sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de
2016 que estabelece meta de superávit primário do setor público
consolidado equivalente a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB),
de acordo com edição extra do Diário Oficial da União de quinta-feira.
Entre
os dispositivos vetados pela presidente está a proibição imposta pelo
Congresso à concessão ou renovação de empréstimos do BNDES para a
realização de investimentos ou obras no exterior.
Nas
razões apresentadas para vetar esse item, a presidente afirmou que o
dispositivo poderia impedir que empresas exportadoras brasileiras
ofertassem seus produtos e serviços no mercado externo em condições
compatíveis com seus concorrentes internacionais.
"Com
a sanção da proposta, exportadores brasileiros podem ter sua
competitividade reduzida no ambiente internacional, resultando em
redução de participação do país no mercado internacional e dificuldades
na conquista de novos mercados, com prejuízo na geração de emprego e
renda no País, além da redução da entrada de divisas", afirmou a
presidente no Diário Oficial.
Outro
ponto vetado pela presidente ao sancionar a LDO foi o que estabelecia
previsão de recursos para o Bolsa Família em valor suficiente para
assegurar o reajuste dos benefícios de acordo com o índice oficial de
inflação.
Na justificativa, a
presidente apontou que o reajuste proposto, "por não ser compatível com
o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de
beneficiários do programa".
A
LDO foi aprovada pelo Congresso em 17 dezembro, endossando a diminuição
da meta de superávit primário de 2016 do setor público consolidado para
0,5 por cento do PIB, correspondente a 30,554 bilhões de reais. A meta
anterior era de economia para o pagamento de juros da dívida pública de
0,7 por cento do PIB.
(Por Pedro Fonseca)
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